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Este é um blog de aventuras e desventuras.









sábado, 19 de fevereiro de 2011

Game Over... Love over...

O texto não foi escrito por mim, mas é todo meu... tudo o que eu penso sobre fim de relacionamento amoroso.




(click no link para ler o texto original)

"Todo mundo sabe que, via de regra, relacionamentos não são para sempre. A prova disso é que é só depois de uma porção de namoros que uma pessoa se casa, ou seja: há uma proporção aí de pelo menos cinco fracassos para cada acerto (e olha que eu estou sendo bem otimista nessa minha estatística).

Fato é que todos nós somos obrigados pela força das circunstâncias a aprender a lidar com a frustração de admitir que aquilo que achávamos que era definitivo, na verdade tornou-se mais temporário do que gostaríamos. Atire aí a primeira pedra quem nunca sentiu a alma ser dilacerada pela privação da presença da pessoa por quem nutrimos os mais profundos sentimentos. Aliás, se houver mesmo quem nunca sentiu isso, bata em sua própria cabeça com a dita pedra: pobre de quem nunca se apaixonou na vida.

Num mundo em que não há mais casamentos arranjados, as relações ficam sujeitas exclusivamente ao querer das pessoas. E aí é que está o problema: a maioria de nós na verdade não sabe o que quer. E o pior, tentamos aprender na base da tentativa e erro, o que fatalmente acarreta em ferrar com a vida de algum incauto azarado o bastante para ser a cobaia da vez. E a partir disso, dá-lhe Prozac, choros convulsos abraçados no edredom, músicas melosas de dor-de-cotovelo no mp3 e muito romantismo piegas.

Lógico que ninguém é obrigado a gostar de ninguém. E também não há um checklist que a gente possa marcar para avaliar com antecedência e uma frieza científica quais são afinal as inclinações do nosso coração. O jeito é isso mesmo, dar a cara a tapa e acabar dando uma ou outra bordoada aqui e ali, tentando ser o mais sutil possível (e nem sempre conseguimos).

Bom, relacionamentos acabam. Estão fadados a acabar. Isso é indiscutível. O que cabe ponderação, no entanto, é a forma com que isso acontece. Aí sim temos considerações a fazer.

Vamos direto ao assunto: francamente, este que vos escreve acredita que a melhor forma de se terminar um relacionamento é na base da briga, do choro, do caos. Quando as pessoas envolvidas numa relação a vêem se consumir numa fogueira em praça pública, dói como qualquer outro fim, é verdade. Mas essa é uma dor amparada pela raiva, reafirmada pelos fatos de que a convivência é impossível, e apaziguada pelas lembranças da catástrofe que foi a relação de maneira que toda e qualquer ilusão de esperança de retorno das coisas como eram outrora é afastada.

Por outro lado, a pior, a mais insidiosa forma de um relacionamento terminar é na base do "nunca brigamos, mas meu sentimento por você mudou e é melhor nós terminarmos agora". É objetivo, é cirúrgico, é limpo, é civilizado e é também muito cruel. Dentro do pobre-diabo que se vê na posição de ouvir esse discurso, instaura-se o mais completo e absoluto caos, um turbilhão que o faz sucumbir sob o peso da pergunta que, embora descabida (dada a liberdade de cada um de fazer o que o coração inexplicavelmente manda), recusa-se a calar: POR QUÊ??

Esse é o típico W.O.: você acorda um dia todo feliz por estar no relacionamento dos seus sonhos, para em seguida descobrir que está nele SOZINHO. A outra parte foi-se, levada pelo vento, para não mais voltar. E cabe só a você lidar com essa chaga aberta no coração.

O remédio? Não há outro: chorar. Chorar muito. Encher o saco dos amigos chorando. Chorar no banho. Chorar na cama. Chorar no banheiro do trabalho (ou na mesa de trabalho mesmo). Chorar no restaurante, almoçando. Chorar na academia. Chorar na rua. Até que um dia as lágrimas sequem.

Quando eu era criança, um dia eu peguei uma agulha de tricô e enfiei numa tomada. Levei um baita choque, e aquilo me serviu para eu aprender a nunca mais fazer aquilo de novo. Por que isso não se aplica à minha vida amorosa? Por que eu vou estar daqui a pouco todo pronto e esperançoso para me meter de novo num relacionamento, achando que dessa vez vai dar certo?

Bem, isso é assunto para outro post. Agora eu estou com coisas demais na minha cabeça para serem pensadas e digeridas."


A partir de agora, sou fã do blog desse texto emblemático: Edmont Hotel (NY), Quarto 1222 http://blecaute.zip.net/.